Ex-secretário-executivo de Pazuello vai à CPI explicar demora na compra de vacinas

Coronel Elcio Franco ocupou a função administrativa no Ministério da Saúde no período em que vacinas foram recusadas

BandNews FM

Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde vai à CPI explicar demora na compra de vacinas. Foto: Pedro França/Agência Senador
Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde vai à CPI explicar demora na compra de vacinas.
Foto: Pedro França/Agência Senador

A CPI da Pandemia espera esclarecer nesta quarta-feira (09) os motivos para a recusa em comprar vacinas da Pfizer durante a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. Os senadores devem cobrar do ex-secretário-executivo da pasta, o coronel Elcio Franco, os problemas no abastecimento de insumos e as ações que retardaram a chegada dos imunizantes ao país.

O militar esteve como número dois do Ministério entre junho de 2020 e março de 2021. Neste período, segundo a CPI apurou, mais de 10 e-mails da Pfizer ficaram sem respostas. Foi durante a gestão militar que houve falta de oxigênio no Amazonas, o incentivo à cloroquina e o desabastecimento de medicamentos do chamado kit intubação.

A comissão deve se reunir a partir das 9h. Elcio Franco era aguardado na CPI na semana retrasada, mas o depoimento foi remarcado porque o militar ainda se recuperava da infecção do coronavírus.

MARCELO QUEIROGA

A sexta semana de trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito começou com o segundo depoimento do atual ministro da Saude, Marcelo Queiroga. Nesta terça-feira (08), o médico disse que não cabe a ele autorizar a realização da Copa América no Brasil. Segundo o ministro, do ponto de vista epidemiológico não há restrições ao torneio.

Com respostas contraditórios e com disposição de defender o presidente pelo fracasso no combate à pandemia, Marcelo Queiroga irritou senadores em alguns momentos.

Ele disse que partiu dele a decisão de não confirmar a nomeação da médica Luana Araújo no cargo de secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19. Segundo o ministro, faltava consenso ao nome dela. Anteriormente, problemas políticos na Casa Civil foram apontados como impeditivos para a nomeação.

Queiroga também reafirmou negociações com a Moderna, mas disse que o país deve enfrentar uma escassez de doses da vacina em julho por conta do atraso na produção com o IFA nacional. O contrato de transferência de tecnologia para a produção da matéria-prima da vacina da Fiocruz foi assinado apenas na semana passada.