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Exclusivo: Cilindros em falta prejudicam abastecimento de oxigênio

Da Redação

Exclusivo: Cilindros em falta prejudicam abastecimento de oxigênio Reprodução TV
Exclusivo: Cilindros em falta prejudicam abastecimento de oxigênio
Reprodução TV

Em meio ao risco de desabastecimento de oxigênio nos hospitais, o Brasil enfrenta dificuldades para importar cilindros que armazenam o gás medicinal. Desde janeiro, os importadores não conseguem trazer o produto, que vem majoritariamente da China e dos Estados Unidos e estão levando até cinco meses para chegar. 

Como mostrou a BandNews FM no início do ano, o governo chegou a elevar o imposto de importação dos cilindros no fim de 2020, mas – logo após a reportagem – voltou atrás. Mesmo assim, muitas companhias deixaram de ter prioridade na fila porque desistiram das encomendas previstas – que já tinham ficado mais caras com a alta do dólar – e agora reclamam de uma medida do Ministério da Saúde que determina a entrega de toda a produção de cilindros ao governo.  

Foto: Divulgação

A requisição – recebida por um empresário ouvido pela nossa reportagem – foi obtida com exclusividade pela BandNews FM. O receio é que as cargas vindas de fora também sejam requisitadas, desestimulando assim a chega de novos cilindros ao Brasil, uma vez que a isenção de impostos acaba em junho.  

Especialista em produção de gases, Silvana Vicente diz que a preocupação dos empresários é plausível, uma vez que pode contribuir para a falta do produto no mercado: 

A alta demanda também dificulta a chegada de novos cilindros, que passaram a ser procurados por outros países. Para se ter uma ideia, Estados Unidos e China demoram entre 4 e 3 meses para produzi-los após os pedidos de importadores. A carga ainda demora um mês no transporte marítimo.

Silvana Vicentre diz ainda que o Brasil não está conseguindo importar carretas que transportam o oxigênio, já que o produto – produzido apenas fora do pais – também não está disponível:

Para Silvana Vicente, o cenário é preocupante e vai piorar o colapso no sistema de saúde brasileiro. Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu se tem ciência da demora na importação do cilindro e do risco de desabastecimento do mercado.

Por meio de nota, o órgão se limitou a informar que se reuniu com os cinco maiores fornecedores de oxigênio do país na última sexta-feira para discutir a logística de entrega e diminuir o risco de faltar os cilindros. De acordo com a pasta, o governo federal busca “localizar excedentes de produção desses reservatórios” e “importar os vasilhames”.