Ministério Público pediu nesta terça-feira (23) a quebra do sigilo do processo de investigação do caso da batida envolvendo um Porsche em São Paulo, que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana.
Uma das solicitações é a de quebra de sigilo de cartões de crédito em nome de Fernando Sastre de Andrade Filho para que sejam analisados os pagamentos de eventual consumo de bebidas alcoólicas antes da colisão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência comprovaram que eles erraram por não fazerem o teste de bafômetro no condutor do Porsche.
O acidente ocorreu na madrugada de 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de SP. Na ocasião, o motorista do carro de luxo atingiu o Sandero de Ornaldo da Silva Viana, 52 anos, que fazia corrida de aplicativo. Ele morreu horas depois.
Ainda segundo a SSP, os policiais presentes no local também permitiram que Fernando Sastre Filho fosse embora com a mãe, Daniela Andrade. O condutor só se apresentou na delegacia mais de 36 horas depois da batida.
Na manhã desta terça-feira (23) a Polícia Técnico-Científica apontou que o Porsche atingiu 156,4km/h momentos antes de bater no carro de Ornaldo, numa via que tem limite de velocidade de 50km/h. O carro do motorista de aplicativo estava abaixo do limite da via.
Além da morte de Ornaldo, o amigo do condutor do carro de luxo, Marcus Vinicius Rocha, que estava no banco do passageiro, está em estado grave.
As investigações continuam em andamento e contarão com a realização de uma reconstituição 3D do local e momento da colisão, que está quase concluída.
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