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Famílias de baixa e média renda têm maiores índices inflacionários

Aumento nos preços dos transportes, gás e energia impactaram na alta da inflação para essas faixas de renda

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No seguimento de renda muito baixa, com renda domiciliar menor que R$ 1.800, a inflação te
No seguimento de renda muito baixa, com renda domiciliar menor que R$ 1.800, a inflação te
Foto: Agência Brasil

A inflação não desacelerou somente para a faixa de renda dos mais pobres em dezembro do ano passado, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

No seguimento de renda muito baixa, com renda domiciliar menor que R$ 1.800, a inflação passou de 0,65% para 0,74% na passagem de novembro para dezembro, enquanto em todos os demais níveis houve redução na taxa na comparação entre os dois meses.

Na avaliação da técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Maria Andréia Parente Lameiras, o aumento no preço dos alimentos foi o que mais pesou para a parte mais pobre da população. Em dezembro, o maior índice foi registrado na faixa de renda mais alta: 0,82%. Apesar disso, houve uma redução na taxa quando comparado ao resultado de novembro, quando foi registrada inflação de 1,02%.

No acumulado de 2021, todas as faixas de renda apresentaram forte aceleração em relação ao ano anterior. No entanto, as famílias de renda média-baixa e renda média foram as que registraram as maiores altas inflacionárias em 2021, com taxas de 10,4% e 10,3%.

Para as famílias de renda mais baixa, a maior pressão veio do grupo habitação, impactado pelos aumentos da energia elétrica e do gás de cozinha. Já para o segmento de renda mais alta, o maior impacto veio do grupo transportes, devido ao aumento dos combustíveis.

Embora tenha ocorrido uma melhora no desempenho dos alimentos no domicílio em 2021, este segmento ainda influenciou de forma significativa a inflação, especialmente para as camadas de renda mais baixa.

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