Após as duas mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (26), a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) alega que não é possível criar um perfil epidemiológico do vírus.
A coordenadora de doenças de transmissão vetorial do órgão, Sandra Oliveira, explica que o momento é de análise da doença e do comportamento dela.
O país já registra mais de sete mil casos da Febre Oropouche, em 20 estados, e estudos são feitos para descobrir se há casos de microcefalia relacionados à doença.
Segundo a Sesab, já são 835 registros da doença desde março, em 59 cidades baianas. Destes, 58% estão concentrados na região sul e 39% no leste do estado.
Apesar dos números, a coordenadora afirma que a Febre Oropouche ainda não é classificada como epidemia. Também não é possível definir o motivo da região sul da Bahia ter a maior incidência.
O Ministério da Saúde segue investigando novas mortes depois da confirmação de dois óbitos na Bahia, este sendo os primeiros descritos no mundo.
O primeiro caso aconteceu no dia 27 de março. A vítima foi uma mulher de 24 anos, que morava em Valença. A segunda também foi uma mulher, de 21 anos, que morreu em Camamu, no dia 10 de maio.
Os técnicos da Sesab informaram que as pacientes apresentaram um início rápido da doença com febre e dor de cabeça, que rapidamente evoluiu para sintomas graves, incluindo dor abdominal intensa e sangramento.
A doença é transmitida pelo maruim ou mosquito-pólvora. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, por isso, o alívio dos sintomas é a única solução clínica.