Felipe Kieling: Um ano após explosão em Beirute, Líbano ainda enfrenta grande crise

Até o momento nenhuma autoridade foi penalizada pelo ocorrido, enquanto familiares das vítimas seguem na busca por justiça

Rádio BandNews FM

Momento da explosão no porto de Beirute Imagem: Reprodução
Momento da explosão no porto de Beirute
Imagem: Reprodução

Há exatamente um ano, o mundo assistia estarrecido às imagens da impactante explosão no porto de Beirute, capital do Líbano. Mais de 200 pessoas morreram e 6 mil ficaram feridas naquele quatro de agosto, além do imenso rastro de destruição que tomou conta da cidade, antes considerada a “Paris do Oriente Médio”.

Mais tarde, descobriu-se que a explosão havia sido causada por conta das toneladas de nitrato de amônia que estavam armazenadas indevidamente no porto desde 2014. Em um relatório de 126 páginas, a ONG Human Right Watch, defensora de direitos humanos ao redor do mundo, evidencia as inúmeras violações por parte de políticos e de instâncias de segurança do país. Apesar disto, até o momento nenhuma autoridade foi penalizada pelo ocorrido, enquanto familiares das vítimas seguem na busca por justiça.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, que assumiu o cargo em julho deste ano, admite a difícil situação vivida pelo país, que vê um verdadeiro entrave se formar em seu sistema político, enquanto muitos libaneses ainda não possuem um lugar para morar ou não receberam uma compensação financeira após a destruição de suas casas.

Ajuda internacional

Uma conferência realizada ainda em 2020 pela comunidade internacional, liderada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu arrecadar 250 milhões de euros para a reconstrução do país. Uma nova reunião está agendada para esta quarta-feira (04), embora as diversas crises econômicas e sanitárias ao redor do mundo dificultem a arrecadação de valores mais altos.

As informações são do correspondente da BandNews FM na Europa, Felipe Kieling.

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