Depois de alguns meses de investigação, o filho mais novo do Presidente da República, Renan Bolsonaro, prestou depoimento na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília.

Ele está sendo investigado pela Polícia Federal em um inquérito que apura um suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

A principal suspeita é de que Jair Renan tenha usado da própria influência para que o grupo empresarial Gramazini conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional.

O objetivo do encontro era tratar de um projeto de construção de casas populares, e em troca, o filho do presidente receberia benefícios da empresa.

O inquérito foi aberto depois de uma denúncia feita por parlamentares de oposição ao Governo Federal.

A investigação foi aberta no início de 2021, na esteira de um procedimento preliminar do Ministério Público Federal sobre o envolvimento de Jair Renan Bolsonaro com um grupo empresarial do setor de mineração.

A PF quer descobrir se o filho de Bolsonaro atuou junto ao Governo Federal em benefício de empresa própria.

A empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia foi criada no final de 2020, e a festa de inauguração do escritório teve cobertura de fotos e vídeos feita de graça por uma produtora que prestava serviços para o Executivo Federal.

Esse depoimento já tinha sido marcado para dezembro do ano passado, mas Jair Renan não compareceu, alegando estar com uma virose.

Nas redes sociais da empresa de Jair Renan foram publicadas fotos de duas peças de mármore que decoram o escritório, e que teriam sido feitas pela Gramazini.

Em outro ponto, um parceiro comercial do filho do presidente, Allan Lucena, que dividia o escritório com ele, disse que ganhou um carro elétrico da empresa Neon Motors, ligada a esse mesmo grupo empresarial.

A defesa de Jair Renan Bolsonaro foi procurada, e até o momento não se pronunciou sobre o depoimento dado pelo filho do Presidente da República à Polícia Federal.