O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15) que a filiação dele ao PL só vale depois que ele "assinar embaixo" e que o casamento perfeito com o partido depende do presidente da legenda.
Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde realiza uma viagem oficial, Bolsonaro afirmou que muitos assuntos precisam ser conversados para evitar que ele fique isolado na sigla e que ainda precisam ser definidos, por exemplo, os apoios estaduais.
O afastamento de Bolsonaro e do PL começou a ganhar forma no fim de semana. O Partido Liberal informou através de nota neste domingo (14) que a filiação do presidente ao partido, inicialmente anunciada para o dia 22, foi adiada, sem nova data definida. De acordo com a nota divulgada pela legenda, Bolsonaro e o partido em comum acordo, decidiram adiar a filiação.
O comunicado foi assinado pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, que afirmou que ainda não há uma nova data para filiação.
Para o cientista político Waldir Pucci, a filiação de Bolsonaro ao PL deu errado, mas ele acredita ser possível uma reviravolta no caso.
Para o professor, Bolsonaro exige o controle total dentro da legenda e que, por isso, o cenário ideal era ele ter criado o próprio partido.
A filiação de Bolsonaro dividiu o PL.
O presidente, Valdemar Costa Neto, comemorou a filiação, mas o vice-presidente da Câmara e crítico do presidente, o deputado Marcelo Ramos, usou a internet para afirmar que, em respeito ao partido que sempre o tratou com respeito, não vai se pronunciar, por enquanto, sobre essa possibilidade.