Fiocruz aponta que Covid-19 desacelera no País

Melhora é reflexo da vacinação, segundo pesquisadores

Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz aponta que Covid-19 desacelera no País  Foto: Fiocruz/Josué Damacena
Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz aponta que Covid-19 desacelera no País
Foto: Fiocruz/Josué Damacena

Pela primeira vez neste ano, nenhum Estado brasileiro registrou aumento nas taxas de novos casos e mortes pela Covid-19, conforme o Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz, relativo ao período entre 20 de junho e 3 de julho, divulgado nesta sexta-feira (9).

Segundo o estudo, nas duas últimas semanas houve desaceleração de 2% por dia no número de casos novos e, consequentemente, de óbitos pela doença.

De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, a queda na taxa de mortalidade é uma tendência nos últimos meses, reflexo da vacinação da população. No entanto, não é acompanhada pela taxa de incidência da doença. As Síndromes Respiratórias Agudas Graves também são muito altas em vários Estados, de acordo com a fundação.

O sanitarista da Fiocruz Christovam Barcellos afirma que a transmissão do coronavírus ainda é alta e que a taxa de novos casos pode voltar a aumentar nas próximas semanas.

Apesar disso, o boletim mostrou que a maioria dos estados manteve a tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 no sistema público de saúde. Somente Roraima tem mais de 90% dos leitos ocupados. Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal têm taxa crítica, entre 80% e 89%.

Já Sergipe e o Rio de Janeiro registraram 56% e 59% de ocupação, respectivamente, saindo da zona de alerta.

Os estados também apresentaram menores taxas de ocupação em leitos de UTI, exceto por Roraima que tem ainda tem 57 dos 59 leitos ocupados.