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"Fiquei surpreso com a repercussão positiva da Carta à Nação", diz Michel Temer

Em entrevista à BandNews FM, o ex-presidente também detalhou os bastidores do encontro com Bolsonaro e da conversa entre o presidente e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

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Michel Temer afirma ter ficado surpreso com a repercussão positiva da carta à nação, redigida por ele e publicada por Jair Bolsonaro, e descarta assinar um documento dizendo que não será candidato em 2022.  

O ex-presidente conversou ao vivo com o âncora do BandNews no Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, e com a apresentadora da BandNews FM e do BandNews TV Gabriela Mayer.

Questionado sobre o clima de acirramento político no Brasil, Michel Temer destacou a importância de ouvir e estar aberto à possibilidade de mudar de opinião.

Ele detalhou os bastidores do encontro com Jair Bolsonaro e da conversa entre o presidente e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Na ligação, o relator do inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos deixou claro que não tem qualquer problema pessoal com o presidente, que respeita o Estado Democrático de Direito e que as decisões tomadas por ele foram “técnicas”.

Michel Temer ressaltou, no entanto, que não existiu pedido de desculpas e classificou como “impróprias” as declarações de Jair Bolsonaro contra o ministro do STF.

Durante a entrevista, que também foi transmitida pelo BandNews TV, o ex-presidente ainda falou sobre a crise econômica, os protestos dos caminhoneiros e as eleições do ano que vem.

Michel Temer destacou a importância de uma aproximação entre Jair Bolsonaro e o Congresso para avançar na recuperação da economia brasileira, revelou que pediu ao chefe do Executivo que conversasse com os líderes do movimento de caminhoneiros e disse que o momento é de “acalmar os ânimos”.

Questionado sobre as eleições do ano que vem, o ex-presidente, que viralizou nas redes sociais com a hashtag Volta Temer, afirmou que já contribuiu com o país, disse não ser pré-candidato em 2022, mas se recusou a assinar uma carta dizendo que não entrará na disputa.  

Para ele, há espaço para candidatos de todas as ideologias e partidos, seja Bolsonaro, Lula ou alguém da chamada terceira via. 

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