Flavia Guerra: David Lynch foi um diretor tão único que virou adjetivo

Lendário autor de obras como Cidade dos Sonhos e a série Twin Peaks morreu aos 78 anos

O mundo do cinema perdeu um dos diretores mais singulares de sua história nesta quinta-feira (16). Morreu aos 78 anos o diretor David Lynch, autor de obras como Cidade dos Sonhos e a série Twin Peaks.

Na avaliação de Flavia Guerra, colunista de cinema da BandNews FM, o estilo surrealista de Lynch, que fascinou gerações, é tão próprio que virou adjetivo. 

Ele é o cara que tem um adjetivo só para ele, que é 'lynchiano'. É algo que evoca uma atmosfera, um mundo dos sonhos

“O Lynch é um cara que conseguiu levar para o cinema esse subconsciente que a gente tem. É um cinema surrealista muitas vezes, hiper-realista, é um cinema inventivo e, ao mesmo tempo que não deixa ninguém no mesmo lugar”, completou

A notícia foi divulgada pela família de Lynch, que não informou a causa da morte. Em 2024, ele revelou que havia sido diagnosticado com um enfisema pulmonar e que por causa disso não poderia mais deixar sua casa.

Ao longo de sua carreira, David Lynch foi aclamado por misturar um estilo surrealista ao terror em suas obras. Ao todo, ele foi indicado três vezes ao Oscar de melhor diretor, pelos filmes “O Homem Elefante”, “Blue Velvet” e “Cidade dos Sonhos”.

Na TV, seu maior sucesso foi a série de mistério Twin Peaks, que teve duas temporadas e voltou anos depois para uma terceira.

“É um cara que eu brinco que não é para você necessariamente entender, mas só sentir. Um grande do cinema”, concluiu Flávia Guerra.

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