A Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (11), cassar o mandato de Flordelis (PSD-RJ), com 437 parlamentares a favor do afastamento definitivo, 7 contra e 12 abstenções.
A agora ex-parlamentar é acusada de ter sido a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, que morreu em junho de 2019. Acusados de envolvimento, sete dos filhos da deputada foram presos. Flordelis, contudo, não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar.
Nesta quarta-feira (11), Flordelis tentou sensibilizar os colegas e negou as acusações contra ela. A defesa da política também tentou suspender a sessão da Câmara, junto ao Supremo Tribunal Federal. O resultado, no entanto, foi desfavorável à cantora gospel.
Ainda em junho deste ano, o Conselho de Ética da Casa já tinha aprovado um parecer favorável ao afastamento da parlamentar por 16 votos a 1. O único voto contrário foi o do deputado Márcio Labre (PSL-RJ).
O relator do processo no Conselho, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP), apontou que a parlamentar não conseguiu provar a sua inocência. Segundo ele, o mandato de Flordelis na Câmara foi utilizado para supostamente coagir testemunhas e ocultar provas.
Nesse sentido, o relator também aponta suposto abuso de prerrogativas parlamentares e suposta cooptação de um dos filhos para assumir a autoria do crime. O relatório do processo, contudo, não indica um culpado pela morte de Anderson do Carmo.
"O que se extrai desse processo no âmbito de Conselho de Ética são os fatos antiéticos", ressaltou o relator.