O Fundo Monetário Internacional reduziu a projeção para o crescimento brasileiro em 2022. O Produto Interno Bruto deve crescer 0,3%, a previsão anterior era de um aumento de 1,5%.
A revisão se deu por causa da piora nas estimativas ligadas à inflação e à alta na taxa de juros para combatê-la.
Para o FMI, os dois fenômenos terão impacto significativo na demanda doméstica.
Trata-se da terceira redução feita pelo Fundo; no início de 2021, a previsão era de uma alta de 2,6% neste ano.
Entre as 15 grandes economias que tiveram as métricas revistas, como os Estados Unidos, China, México, África do Sul e Índia, o Brasil sofre proporcionalmente o pior tombo e foi o único a ficar abaixo da taxa de 1% de crescimento em 2022.
"A expectativa (de crescimento) se enfraqueceu no Brasil, onde a luta contra a inflação levou a uma resposta forte de política monetária, que pesará na demanda do mercado interno. Dinâmica semelhante ocorre no México, embora em menor escala", reiterou o Fundo.
A América Latina também teve a expectativa de crescimento reduzido, menos 0,6 ponto porcentual, mas a região deve crescer 2,4% em 2022, quase oito vezes maior do que o do Brasil.
