Trabalhadores franceses realizam uma greve geral nesta terça-feira (18) e paralisam setores importantes pelo país. Mobilizados pelos sindicatos, os grevistas pedem aumento do salário mínimo para conter a inflação em alta e cobram soluções para a escassez de combustíveis provocado por uma greve entre os petroleiros e que já dura três semanas. Ferroviários e empregados de companhias de energia cruzaram os braços, nesta que é a primeira crise social do novo mandato de Emmanuel Macron.
Há três semanas, a França sofre com bombas de combustíveis secas e a pressão do governo para a reabertura das refinarias parece não ganhar a simpatia da população, que pede medidas efetivas para a retomada das atividades.
A greve desta terça afeta trens e ônibus interestaduais, além do serviço do Eurostar, que liga a Paris a Londres. Alguns horários de saída foram cancelados.
Cerca de 150 protestos foram anunciados pela França e envolve setores do transporte, energia, saúde, educação e outros.
O secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho, Philippe Martinez, disse que o sindicato pede um aumento de 300 euros nos salários, o que elevaria o valor mínimo pago aos trabalhadores para 2 mil euros.
Segundo uma pesquisa divulgada no domingo (16), 82% dos franceses creem que Macron não faz o suficiente para combater a inflação, registrada em 6,2% em setembro, como a menor em comparação com os países na zona do euro.