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Funcionária da Caixa acusa ex-presidente do banco de supostos abusos sexuais

Pedro Guimarães foi demitido do cargo e está sendo investigado

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A instituição admitiu ter recebido denúncias. Foto: Agência Brasil
A instituição admitiu ter recebido denúncias.
Foto: Agência Brasil

Após a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa, o Ministério Público Federal também vai apurar se outros dirigentes da instituição estão envolvidos em denúncias de assédio sexual e moral dentro do banco. Além disso, existe a possibilidade de nomes terem acobertado a prática do então presidente.

O Ministério Público do Trabalho deu 10 dias para que Pedro Guimarães e o próprio banco se manifestem sobre as acusações feitas por funcionárias da instituição. Apesar das medidas, o caso ganhou novos desdobramentos.

Novos áudios divulgados pelo portal Metrópoles mostram o que seria Pedro Guimarães gritando com funcionários, além de coagir e ameaçar os subordinados.

Em entrevista ao canal Band News TV, uma funcionária da Caixa fez novos relatos sobre supostos abusos sexuais. Segundo a mulher, que pediu para não ser identificada, ela e outras funcionárias eram abordadas em viagens que Pedro Guimarães fazia para conversar com executivos.  

No relato, ela afirma que as mulheres eram abordadas e coagidas nesses eventos, e que tudo era feito pensando em criar possíveis situações de assédio.  

O presidente Jair Bolsonaro foi orientado a demitir o então presidente da Caixa e a adotar um discurso duro condenando o assédio sexual, mas não só ignorou a orientação como também só acertou a saída de Guimarães quando se convenceu de que as denúncias não eram uma armação.

A instituição admitiu ter recebido denúncias, que a investigação corre sob sigilo e foi instaurada no mês passado.  

Na nota, a Caixa voltou a afirmar que repudia qualquer tipo de assédio e que o canal de denúncias é administrado por um órgão externo, o que garante a transparência, segurança e proteção aos denunciantes.