O empresário João Amoêdo foi suspenso pelo Partido Novo até que a Comissão de Ética Partidária conclua o processo de investigação contra violações ao estatuto da legenda. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (27) e acontece após Amoêdo anunciar voto em Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, na eleição presidencial deste ano.

Um dos fundadores do Novo e candidato do partido na disputa presidencial de 2018, João Amoêdo abriu uma crise entre correligionários ao defender voto no petista, em detrimento ao atual presidente e candidato à reeleição.

A direção do partido liberou os filiados no segundo turno, mas disse não permitiu apoio em Lula ou no PT.

O cientista político Felipe D’Ávila foi o candidato do Novo no primeiro turno da eleição deste ano. Ele teve 0,5% dos votos válidos, com 559.708 votos.

O partido elegeu apenas um governador, o reeleito Romeu Zema, em Minas Gerais, e não obteve os votos necessários para ultrapassar a cláusula de barreira. Com isso, a legenda perde o direito ao fundo partidário e não terá direito a tempo no rádio e na TV. O partido fica ainda sem uma representação formal na Câmara dos Deputados, já que elegeu apenas 3 parlamentares.

Em 2018, o partido foi apontado como uma surpresa no cenário político, ao conseguir eleger 8 deputados federais.

João Amoêdo ainda não se pronunciou sobre a filiação suspensa. Em nota, o Novo afirmou que a Comissão de Ética é a responsável po analisar denúncias e atua independente da Direção Partidária.

Confira a nota do Partido Novo: “O Diretório Nacional do Partido Novo foi comunicado nesta quinta-feira, 27, sobre decisão da Comissão de Ética Partidária (CEP) suspendendo liminarmente a filiação de João Amoêdo no âmbito de Procedimento Disciplinar sigiloso aberto contra ele por possíveis violações estatutárias. A Comissão de Ética Partidária é a instância permanente responsável por analisar denúncias feitas por filiados do NOVO e independente da Direção Partidária.”