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Funeral de Bento XVI reúne 130 mil pessoas; caixão é levado para Basílica

Missa de despedida na Praça São Pedro foi presidida pelo Papa Francisco; é a primeira vez na História que um pontífice em exercício vela o antecessor

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Missa de despedida na Praça São Pedro foi presidida pelo Papa Francisco; é a primeira vez  Foto: Vaticano News
Missa de despedida na Praça São Pedro foi presidida pelo Papa Francisco; é a primeira vez
Foto: Vaticano News

A cerimônia final do funeral do Papa Emérito Bento XVI recebeu 130 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano, na manhã desta quinta-feira (5). A missa final foi celebrada pelo Papa Francisco. É a primeira vez na história da Igreja Católica que um pontífice reinante faz o rito fúnebre do antecessor no cargo.

O caixão de madeira foi levado para o interior da Basílica de São Pedro para a cerimônia final do sepultamento.

Bento XVI será enterrado no mesmo túmulo que pertenceu a João Paulo II. A missa final contou com a maioria dos ritos de um velório dedicado aos Papas.

Por não ser o pontífice reinante, não foi decretado luto oficial no Vaticano e apenas os chefes de Estado da Alemanha e da Itália foram convidados oficialmente para o velório.

O velório de Bento XVI começou na última segunda (2) e a estimativa é que mais de 200 mil fiéis tenham passado pelo local ao longo dos três dias.

Aos 95 anos, a morte do Papa Emérito foi confirmada no último dia do ano de 2022.

Cerca de quatro mil religiosos foram a Roma para participar da despedida final do primeiro Papa em 600 anos a renunciar ao papado.

Na Praça São Pedro, os fiéis gritavam “santo súbito!”, pedindo a canonização do religioso. O processo, no entanto, depende da comprovação de milagres e é preciso autorização da Santa Sé para o início do processo.

Francisco destacou a amizade e o trabalho de catequese do Papa Emérito.

Bento XVI, batizado como Joseph Ratzinger, governou a Igreja por quase oito anos e manteve-se na clausura por 10 anos como Papa Emérito.

A saída de cena em definitivo do religioso abre caminho para a renúncia de Francisco, que já demonstrou a disposição de deixar o posto quando não tivesse mais condições de saúde.

Francisco tem negado a intenção de deixar o posto, mas na cúpula da Igreja os rumores de que ele deixará o cargo é cada vez maior.