O médico do Grêmio Anápolis, Diego Bento, disse que o goleiro do time, Ramón Souza, atingido por uma bala de borracha de um policial militar, teve uma lesão no centro da coxa não tão extensa, mas profunda, com cerca de 3 centímetros que comprometeu a pele e até o músculo.
Bento disse que, se a ferida evoluir de forma negativa, ele pode ter necrose no local, já que a bala estava muito quente e queimou a região.
Para evitar que isso aconteça, todos os esforços estão sendo aplicados na recuperação do atleta. A previsão é que Ramón volte ao gramado em três ou quatro meses.
Mais cedo, o Ministério do Esporte classificou como desproporcional a ação do policial que atirou contra o goleiro.
Tanto a Associação Atlética Aparecidense, dona do passe de Ramon, quanto Grêmio Anápolis, clube onde ele atua, exigiram investigação e responsabilização.
A cena de violência marcou o futebol brasileiro nesta quarta-feira (10). Durante uma confusão no jogo entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da segunda divisão do Campeonato Goiano, um policial atirou com bala de borracha no goleiro Ramón Souza.
O Comando da Polícia Militar disse que determinou a abertura de procedimento administrativo para apurar os fatos e ressaltou que o armamento usado foi uma bola de borracha que é menos letal.