A Pfizer fez cinco ofertas de vacinas contra a COVID-19 que não foram respondidas pelo governo brasileiro em 2020.
Em fevereiro de 2021, um novo contato também não teve retorno.
A empresa só recebeu uma sinalização positiva em março deste ano e o contrato para compra de 100 milhões de doses foi fechado.
As informações foram detalhadas pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, em seu depoimento na CPI da Pandemia.
Segundo ele, as primeiras conversas com o governo foram feitas em maio do ano passado.
Carlos Murillo destacou que as três primeiras ofertas previam contratos de 30 milhões ou de 70 milhões de doses.
O executivo da Pfizer também foi questionado se o vereador Carlos Bolsonaro havia participado de reunião para tratar da compra de imunizantes.
Primeiramente, ele disse que não teria como confirmar, mas depois destacou que o filho do presidente Jair Bolsonaro esteve em um encontro.
Na semana passada, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que Bolsonaro tinha um grupo que fazia uma espécie de assessoria paralela sobre as medidas de enfretamento à pandemia.
Para a próxima semana, está marcado o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, mas a Advocacia Geral da União apresentou um habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal para que ele possa ficar em silêncio.
Pazuello participa da CPI na quarta-feira.