O governo agiu rápido para desmentir que estaria planejando um “intervenção” nos preços dos alimentos. A ação foi citada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante uma entrevista na manhã desta quarta-feira (22).
Fontes da Casa Civil esclareceram que o que deve ocorrer é uma série de medidas, não qualquer intervenção para segurar os preços artificialmente. Tal ação nem na mesa de discussões.
"Nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Rural, que pega as pequenas propriedades, e o ministério da Fazenda para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos", disse Rui Costa na entrevista.
A frase não caiu bem entre setores do mercado e do agronegócio, que não veem com bons olhos um tabelamento de preços. Exemplo foi a reação negativa ao leilão para a compra de arroz em 2024.
O que o governo realmente pretende são “medidas estruturantes”, como mudança de rotulagens de alimentos não-perecíveis. Algo que já foi sugerido por associações supermercadistas.
O fato é que há uma grande preocupação no governo Lula com os preços dos alimentos. Em 2024, eles subiram 8,23%, contra alta de 1,1% no ano anterior.