Dias antes do colapso nos hospitais de Manaus por falta de oxigênio para os pacientes, o governo federal elevou o imposto de importação sobre os cilindros usados no armazenamento de gases medicinais.
Os produtos estavam isentos de tributação desde o início do ano passado, quando o Ministério da Economia lançou um pacote para facilitar o combate à pandemia da Covid-19. Agora, os cilindros voltaram a ser tributados, em resolução publicada pela Câmara de Comércio Exterior.
Como a maioria dos produtos vem do exterior, muitos importadores estão deixando de trazer os cilindros – afetando o armazenamento de oxigênio e outros gases. Uma fonte da BandNews FM afirma que o preço já estava alto por causa do dólar e, agora, o valor de um cilindro grande, que custava R$ 1.000,00, passou para algo em torno de R$ 1.600,00.
Segundo ele, que traria os produtos da China e tinha um contrato firmado em novembro, a importação ficou praticamente inviável. Atualmente, segundo fontes da BandNews FM, o Brasil tem dois fabricantes dos reservatórios e boa parte da produção é enviada para fora do país.
Em nota, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) afirma que, no que diz respeito às reduções tarifárias para auxiliar no combate à Covid-19, delibera com base nas recomendações do Ministério da Saúde, responsável pelo assunto no âmbito do governo federal.
A Câmara de Comércio Exterior também informa que os cilindros de oxigênio voltaram a ser tributados porque o Ministério da Saúde não incluiu o produto em uma lista de itens essenciais para o combate à pandemia.
A BandNews FM procurou o Ministério da Saúde e aguarda uma resposta.
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