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Homem morto em viatura da PRF foi vítima de asfixia mecânica; caso é investigado

Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, tinha esquizofrenia e deixa um filho de sete anos

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O homem foi colocado pelos agentes dentro do porta-malas de uma viatura.
O homem foi colocado pelos agentes dentro do porta-malas de uma viatura.
Foto: Reprodução

O laudo do Instituto Médico Legal de Sergipe aponta que o homem colocado em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, de onde se vê sair um tipo de gás, morreu por asfixia e insuficiência respiratória. O caso aconteceu nesta quarta-feira (25) na cidade de Umbaúba e as imagens circulam nas redes sociais.

Segundo a família, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, fazia tratamento para esquizofrenia e tomava remédios controlados havia cerca de 20 anos. Ele estava de moto quando foi abordado pelos agentes da PRF, que o imobilizaram. Nas imagens, é possível ver que a vítima tenta resistir.

A PRF ainda não explicou o motivo da abordagem.

Em vídeo, é possível ver que o homem foi colocado pelos agentes dentro do porta-malas de uma viatura, de onde sai uma fumaça branca, ao que está sendo comparado a uma “câmara de gás”.

Na manhã desta quinta-feira (26), houve uma manifestação do local da abordagem. Pneus foram queimados e o tráfego ficou impedido no trecho da BR-101 que passa pelo município sergipano.

Genivaldo deixa um filho de sete anos e foi enterrado no cemitério municipal de Umbaúba.

No laudo do IML, existe a indicação que a obstrução por asfixia mecânica pode se dar através de diversos fatores e que nesse primeiro momento não foi possível estabelecer a causa imediata da asfixia, nem como ela ocorreu.

Outros exames foram realizados para detalhar a razão da morte, que após a conclusão dos trabalhos, os laudos serão remetidos à delegacia da Polícia Federal, já que envolve agentes federais.

Em nota, a PRF afirmou que o homem teria “resistido ativamente” à abordagem. Os agentes, então, teriam utilizado “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” para conter a agressividade da vítima, que passou mal no caminho para a delegacia, segundo a corporação.

Ainda de acordo com a PRF, durante o deslocamento, Genivaldo passou mal e foi levado para um hospital da região, “onde foi atendido e constatado o óbito”.

A Polícia Civil de Sergipe afirmou que investiga o caso, colhendo depoimento dos envolvidos. A família registrou um Boletim de Ocorrência.

A PRF ainda não se manifestou sobre o laudo. O órgão abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos

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