Um ouvinte da Rádio BandNews FM foi vítima de um golpe através de uma página falsa de leilões e perdeu R$ 30 mil. Com um site fraudulento, os golpistas simularam a exibição da página "Sodré Santoro". A ação é comum entre os golpistas, que copiam marcas tradicionais e enganam as vítimas pela internet. Para diminuir a desconfiança, os criminosos abrem um CNPJ ou MEI com um nome fantasia idêntico ao de empresas tradicionais do ramo. 

"Era tudo semelhante ao site verdadeiro. Tinham as fotos dos veículos e os contatos dos falsos leiloeiros", afirmou a vítima que prefere não se identificar. 

Mesmo com um histórico de participação em leilões, o rapaz foi vítima de uma fraude. Os criminosos atuam como uma empresa e criam falsos leilões, na espera de gerar interesse dos arrematadores. O advogado Lucas Serafim explica que não há cobranças antecipadas em leilões certificados, como taxas de inscrição ou valores de itens que ainda não foram leiloados.

Atenção para não cair em golpes

Um dos pontos a se prestar atenção é o término dos sites na internet, que devem sempre acabar com ".com.br", o que indica endereço eletrônico no Brasil. Números ou letras que se parecem também podem ser utilizada spara confundir. Outra questão fundamental é pesquisar os as matriculas das empresas de leilão nas Juntas Comerciais de seus respectivos Estados para verificar se estão regularizados. 

É comum que os golpistas peçam documentos e enviem dados ou informações que simulem os próximos passos para que o negócio seja concretizado. "Mandei autenticar os documentos e fui seguindo os passos. Meu nome até parecia como proprietário do automóvel", completou o rapaz que já registrou um boletim de ocorrência e atualmente tenta reaver os valores perdidos com os bancos. 

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) explicou que investe em ações para orientar a população a cerca dos possíveis golpes na internet e ressaltou que atua em parceria com as forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais. A empresa simulada, Sodré Santoro, afirmou que passou a ser vítima de sites fraudulentos e que segue denúnciando as irregularidades às autoridades. Os envolvidos nas ações golpistas em falsos leilões podem responder por crimes de formação de quadrilha e estelionato. Caso condenados, podem ter penas que levam de um a cinco anos de reclusão.