O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou cinco anos nesta terça-feira (14). A data foi marcada por homenagens na capital fluminense.
Na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, foi feita uma linha do tempo com o número de delegados e promotores que já passaram pelo caso.
Na mesma região, no Museu de Arte, uma escultura de metal e madeira da vereadora foi apresentada à população. A obra, de 11 metros de altura, deve ficar exposta no local até o final de março e depois, de acordo com o Instituto Marielle, deve seguir para diversos pontos do país.
Uma bandeira amarela em homenagem à política também foi colocada na fachada do museu durante o período da manhã.
Durante uma reunião sobre os primeiros 100 dias do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do crime.
O chefe do Executivo fez uma publicação nas redes sociais na qual falou sobre o compromisso para descobrir quem mandou matar a vereadora. A ministra Anielle Franco, irmã de Marielle, estava presente e se emocionou.
As autoridades ainda tentam descobrir quem foram os mandantes do crime. A dupla acusada pelas mortes segue presa, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.
O delegado que acompanhou o caso no primeiro ano de investigação, Giniton Lages, foi afastado logo após a prisão dos policiais. Somente no ano de 2021, dois delegados passaram pelo caso. Ainda em julho do mesmo ano, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, então responsáveis pela investigação do caso no MP, também deixaram o cargo, ao alegarem insatisfação com "interferências externas".