Hospital Heliópolis tem denúncias de invasões, furtos e até incêndio proposital

Funcionários do complexo hospitalar na zona sul da capital relatam série de crimes e irregularidades no local

Elaine Freires, da Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Hospital Heliópolis tem denúncias de invasões, furtos e até incêndio proposital
Um dos corredores do Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo
Arquivo Pessoal

Funcionários do Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo, relatam casos de furtos e vandalismos dentro do complexo do governo paulista. Pertences pessoais, como bolsas e roupas dos trabalhadores, foram levados por criminosos.

Os bandidos agem, principalmente, durante a madrugada. Eles entram pelas janelas do hospital Heliópolis e invadem as salas.

Em março, um grupo carregou até um micro-ondas e uma sanduicheira da copa onde parte da equipe almoça, no 2º andar do Complexo Hospitalar.

Após este episódio, outra invasão foi registrada no 2º andar, só que no setor de endoscopia. Contudo, os bandidos não conseguiram levar os equipamentos do local.

Outras invasões têm sido registradas pelos funcionários em outras alas do Complexo Hospitalar Heliópolis.

Na última sexta-feira (17) por volta das 22h, duas pessoas atearam fogo em uma ala da enfermagem. Algumas camas foram consumidas pelas chamas, e pacientes tiveram que ser removidos de setores enquanto os Bombeiros combatiam o fogo. Ninguém ficou ferido e um boletim de ocorrência foi registrado para investigar o caso.

Outra funcionária, que falou com exclusividade à Rádio BandNews FM, analisou que este episódio mostrou outro agravante no edifício: as portas de emergências estavam soldadas, o que impedia a saída de pessoas. Após os questionamentos da reportagem, as portas de emergência foram reabertas na manhã desta quarta-feira (22).

A Secretaria Estadual de Saúde argumentou que as portas corta-fogo foram lacradas apenas em andares que estão em reforma, para preservar a integridade dos servidores que trabalham no local.

O Hospital Heliópolis disse que possui controle interno com câmeras e que, em nenhum momento, foi observado movimento suspeito na unidade. Também não há registros de furtos de eletrônicos na diretoria técnica.

Por se tratar de um prédio antigo, o governo defende que não foram anexadas grades de proteção nas salas do pátio interno devido às janelas serem basculantes, o que evitaria a passagem de pessoas pelo pequeno espaço.

A contratação de um serviço de portaria, para melhorar a segurança do hospital, está em fase de análise de documentação. 

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