Quatro anos depois do incêndio no Ninho do Urubu que matou dez jovens das categorias de base do Flamengo, ninguém foi condenado. O processo, que tramita em duas frentes, sendo uma no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e outra no Superior Tribunal de Justiça, ainda se arrasta, sem sequer ter previsão de data para a sentença.
Das dez famílias que perderam jovens, apenas uma ainda não fechou um acordo de indenização com o Flamengo por não chegarem a um consenso. O pai do goleiro Christian, Cristiano Esmério, afirma que, por conta disso, a família decidiu entrar com um processo na Justiça.
Torcedores e famílias ainda se unem para que a tragédia do Ninho do Urubu não seja esquecida. Os rostos dos dez jogadores que faleceram no incêndio foram pintados em um muro na frente do Maracanã em 2020, mas com o tempo a arte foi desgastada. Desde o fim de janeiro, a pintura, que foi iniciativa dos próprios torcedores para homenagear os meninos, está sendo restaurada, como explica o diretor do Flamengo da Gente, Guilherme Jorge.
Dos dezesseis jovens que sobreviveram ao incêndio, três ainda jogam pelo Flamengo.