O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou no mês de abril uma desaceleração para todas as faixas de renda.
O estudo divulgado nesta sexta (14) revela a interrupção da tendência de crescimento sentida em dois meses.
As taxas de inflação das famílias de renda média alta e alta, que têm renda domiciliar entre R$ 8.254,83 e 16.509,66, passaram de 1,08% e 1,0% em março para 0,20% e 0,23%, respectivamente, em abril.
As famílias de renda muito baixa, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50 registraram variação inflacionaria menor dos preços passando de 0,71% para 0,45%.
O impacto da variação foi sentido nos preços dos produtos que registrou 2,7% de aumento nos produtos farmacêuticos e cuidados pessoais. Liderado pelo preço das carnes (1,0%), o grupo de alimentos e bebidas foi o segundo com maior foco inflacionário.
Em compensação os serviços de energia elétrica e transporte urbano registraram queda. As taxas da conta de luz e dos ônibus tiveram queda 0,4% e 0,11% respectivamente.
Além de terem menor impacto com o aumento dos medicamentos e alimentos, as famílias mais ricas contaram com a deflação de 0,9% dos combustíveis e de 11,3% dos transportes por aplicativo e também com a desaceleração dos preços dos serviços pessoais. Esse alívio só não foi maior para esses domicílios por causa do aumento de 6,4% do preço das passagens aéreas.
Essa diferença é explicada pela desaceleração dos alimentos e pela alta dos combustíveis registradas no primeiro trimestre de 2021. Já a variação acumulada em doze meses revela que a taxa de inflação das famílias mais pobres (7,7%) segue em um patamar bem acima que a observada no segmento mais rico da população (5,2%).
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