O Ministério Público do Trabalho abriu um inquérito civil para apurar as denúncias de assédio sexual e moral contra servidores da Caixa Econômica Federal envolvendo o ex-presidente da Pedro Guimarães.

O caso era acompanhado por meio de um procedimento preliminar, mas as investigações foram ampliadas nesta terça-feira (26) por ordem do procurador Paulo Neto. Ele deu prazo de 10 dias para que a Caixa apresente as informações coletadas até agora.

Os relatos citam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho.

De acordo com as funcionárias, a maioria dos casos de assédio ocorreu em viagens realizadas pelo programa Caixa Mais Brasil. O projeto é usado para promover o banco em diferentes cidades brasileiras.

As servidores contaram que eram chamadas para o quarto de Pedro Guimarães com suposta urgência para levar itens como "carregador de celular, sal de fruta e remédios".  

O então presidente da Caixa também foi acusado de escolher "mulheres bonitas" que poderiam ser convidadas para trabalhar em Brasília.

Guimarães assumiu o comando do banco em janeiro de 2019 e pediu demissão após a divulgação das denúncias. Antes disso, ele chegou a ser cogitado como possível candidato à vice na chapa com o presidente Jair Bolsonaro pelo Partido Liberal.