O governo do Iraque expulsou a embaixadora da Suécia do país, nesta quinta-feira (20), após as autoridades suecas permitirem o protesto de um grupo de manifestantes contra o Alcorão, em Estocolmo, no qual um homem pisou no livro sagrado islâmico.
O ataque foi realizado por Salwan Momika, iraquiano de 37 anos, refugiado no país escandinavo. Antes de cometer a provocação, ele havia afirmado que atearia fogo ao livro, o que não acabou se concretizando.
Em resposta ao protesto, centenas de iraquianos tomaram as ruas de Bagdá, invadiram o prédio da embaixada sueca na cidade e atearam fogo ao imóvel. Não há informação de feridos.
O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia Al-Sudani, emitiu um comunicado repudiando o ataque e prometeu proteger a continuidade de missões diplomáticas. No entanto, frisou que outros ataques contra o Alcorão em solo sueco exigirão o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países.
Além da expulsão da diplomata sueca, as autoridades do Iraque determinaram o retorno do encarregado iraquiano de negócios na Suécia e suspendeu a permissão de trabalho da empresa de telecomunicações Ericsson.