Os israelenses decidem quem será o novo primeiro-ministro do país nesta terça-feira (23). O país vai às urnas pela quarta vez em dois anos e busca por mais estabilidade.
O premiê Benjamin Netanyahu, do partido de direita Likud, é o favorito para ganhar o pleito e tem a campanha de vacinação em massa como seu principal trunfo para mais um mandato.
Cerca de 49% da população já tomou duas doses da vacina contra a covid-19.
Netanyahu foi eleito pela primeira vez em 1999 e está no poder há 12 anos consecutivos. Ele também é alvo de processos na justiça por fraude, quebra de confiança e suborno.
O principal adversário do primeiro-ministro é o centrista Yair lapid, o líder do partido Yesh Atid.
Israel é uma república parlamentarista, por isso, quem ganha deve formar coalizões para conseguir governar. No país, para garantir uma maioria é preciso ter 61 cadeiras das 120 possíveis no parlamento israelense, o Knesset.
Segundo as últimas pesquisas, o partido de Benjamin Netanyahu deve conseguir 30 cadeiras enquanto o Yesh Atid pode ganhar 20.
O Likud pretende formar uma coalizão com partidos ultraortodoxos e da extrema-direita israelense. Além disso, ele também quer se aproximar da população árabe-israelense.
Se o partido de Netanyahu não conseguir formar um governo, a chance deve ser dada a Yair Lapid, que precisará encaixar partidos de esquerda, direita e centro na mesma coalizão.
Em dezembro, o parlamento foi dissolvido automaticamente depois que os partidos não chegaram a um consenso sobre o orçamento do país.
Durante o mês de maio, o premie Benjamin Netanyahu chegou a um acordo com seu principal opositor, o general do exército Benny Gantz, para formar um governo com o intuito de combater o coronavírus.