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Itália pede extradição do jogador Robinho

Ex-atacante do Santos foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo; Brasil não extradita os próprios cidadãos

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Ex-atacante do Santos foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo; B Foto: Reprodução
Ex-atacante do Santos foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo; B
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O Ministério da Justiça da Itália pediu ao Brasil a extradição do ex-atacante do Santos Robinho. O requerimento já havia sido feito em fevereiro pelo Ministério Público de Milão, mas só foi enviado oficialmente às autoridades brasileiras agora. O jogador foi condenado no país a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo.

Ricardo Falco, amigo do atleta e também condenado por participação no crime, consta ainda na lista de extradição.

O futuro de ambos dependerá agora do governo brasileiro. Mas as autoridades do Brasil não extraditam os próprios cidadãos.

RELEMBRE O CASO

Robinho teve a condenação definitiva decretada em janeiro deste ano pelo Supremo Tribunal italiano, que confirmou a decisão do Tribunal de Justiça de Milão de 2020. Além dos nove anos de detenção, o futebolista terá que pagar uma indenização de 60 mil euros.

O crime teria sido cometido em janeiro de 2013, em uma boate conhecida de Milão. No período, o jogador era uma das maiores estrelas do time da cidade, o Milan.

Segundo a vítima, que teve a identidade preservada, Robinho e os amigos ofereceram bebidas alcoólicas até que pudessem "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". A acusação afirmou que o grupo levou a jovem até o camarim da festa onde puderam realizar “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".

Além de Falco e Robinho, outros quatros homens estavam envolvidos no crime, mas não foram rastreados pela Justiça.

Conversas grampeadas do telefone do ex-atacante, que tiveram autorização judicial, vieram à público e foram usadas como provas no tribunal. Em uma delas ele afirma: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".

Os advogados de defesa alegaram que a vítima estava consciente e que tudo foi consensual.

Durante o julgamento em segunda instância, as três juízas responsáveis pelo caso afirmaram que Robinho possui "particular desprezo" pela vítima e afirmaram ainda que os investigados apresentaram uma tentativa de enganar a justiça italiana ao apresentar uma "versão dos fatos falsa e previamente combinada" com os outros envolvidos.