Jairinho é indiciado por tortura de mais uma criança

Ele é acusado de agredir o filho da ex-namorada Débora Saraiva, que também foi indiciada por omissão

Rádio BandNews FM

Jairinho é indiciado por tortura de mais uma criança Tania Rego/Agência Brasil
Jairinho é indiciado por tortura de mais uma criança
Tania Rego/Agência Brasil

A Polícia Civil indiciou o vereador Jairinho pela tortura do filho da ex-namorada Débora Saraiva. A mãe também foi indiciada por omissão. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima concluiu nesta segunda-feira (31) o inquérito sobre as agressões a criança, que na época tinha 3 anos de idade.

O exame de corpo de delito indireto, que é feito baseado em exames clínicos e não diretamente na vítima, constatou que a ação que fraturou o fêmur da criança foi provocada por agressões, há seis anos.

Jairinho e Débora também foram indiciados pelo crime de falsidade ideológica, já que mentiram em depoimento e omitiram a agressão.

DEPOIMENTO

A Polícia Civil vai ouviu no dia 16 de abril a ex-namorada e ex-amante do vereador Jairinho, que afirmou ter omitido no primeiro depoimento que havia sido agredida pelo político.

A estudante Débora Mello Saraiva, de 34 anos, disse que sofreu agressões durante os seis anos de relacionamento com Jairinho, e que o filho dela era torturado pelo vereador. Os episódios de tortura também se estendiam ao filho de Débora.

Segundo a mulher, o menino, que hoje tem oito anos, contou que uma vez acordou para beber água e Jairinho estava acordado. O político pediu para que a outra filha da ex-mulher fosse dormir, pois iria cuidar da criança.

Neste dia, o menino disse à mãe que Jairinho pediu para que ele deitasse no sofá, mordesse um pano para não fazer barulho, e pisou na barriga dele com todo peso do corpo. Débora disse ainda que o filho tinha o comportamento semelhante ao de Henry, de não querer estar perto e passear com Jairinho. A mãe do menino estaria dopada no momento da agressão.

CASO HENRY

O vereador Jairinho está preso e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas pela morte de Henry Borel, no dia 8 de março, em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.