Uma série de mais de 30 terremotos atingiram a região central do Japão por pouco mais de 90 minutos nesta segunda-feira (01). O tremor mais forte atingiu a magnitude de 7,6, e um alerta de tsunami com ondas de até cinco metros na Costa Oeste do país foi emitido.
De acordo com o governo japonês, pelo menos 4 pessoas morreram. As autoridades locais chegaram a emitir alertas de um "grande tsunami" com ondas de até 5 metros para a costa Oeste japonesa, mas o risco foi reduzido horas depois.
Ao menos 30 prédios colapsaram e o Corpo de Bombeiros recebeu avisos de vítimas presas sob escombros. Esta foi a primeira vez que a Agência Meteorológica do Japão informou sobre um grande risco de tsunami desde 2011, após a tragédia na usina de Fukushima, que deixou 20 mil mortos após ondas de até 40 metros.
O porta-voz do governo japonês Hayashi Yoshimasa, em pronunciamento televisionado, aconselhou as pessoas em áreas sob alerta de tsunami a evacuarem para locais mais elevados.
A sucessão de tremores alertou para riscos de acidentes nucleares. Porém, as autoridades de regulação nuclear do país tranquilizaram que não há irregularidades que possibilitem o vazamento de radioatividade das usinas.
O Japão é um dos países mais propensos a terremotos do mundo por estar localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, área de grande instabilidade geológica. No entanto, ao longo das décadas, o país desenvolveu um dos sistemas de alerta de tsunamis mais sofisticados, além de treinar a população contra essas catástrofes.