A Justiça determinou nesta quarta-feira (26) que o ex-deputado federal Jean Wyllis (PT) apague a postagem que fez no Twitter citando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Na postagem de 14 de julho, o ex-parlamentar criticou a decisão do gaúcho de manter o programa de escolas cívico-militares no estado, apesar do decreto do governo federal que excluiu essa modalidade de ensino.
"Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, bee!", diz o tuíte.
Após a postagem, Eduardo Leite entrou com uma representação no Ministério Público por declarações homofóbicas. Em resposta, o MP pediu a retirada do conteúdo das redes sociais e a Justiça acatou a solicitação.
A juíza Rosália Huyer, da 2º Vara Criminal de Porto Alegre, também determinou a quebra do sigilo de dados cadastrais de Jean Willys na plataforma. O Twitter tem cinco dias para enviar os dados.
O promotor de Justiça David Medina da Silva sustentou que o ex-deputado "ultrapassou os limites da liberdade de expressão, ofendendo a dignidade e o decoro do Governador do Estado, sobretudo considerando o alcance da publicação".
Até o momento de conclusão dessa reportagem, a postagem não tinha sido retirada.