
O primeiro discurso de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos tem um “tom pastoral”, na opinião do coordenador do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco.
Para o professor Sidney Ferreira Leite, o pronunciamento teve como objetivo orientar seus ouvintes, em uma tentativa de conciliar a população americana. Ele avalia que a estratégia do democrata é fugir da polarização, adotando uma postura contrária do antecessor, o republicano Donald Trump.
O professor de relações internacionais da FAAP Lucas Leite acredita que, no âmbito da geopolítica, a gestão Joe Biden vai buscar normalizar as relações com antigos aliados, fortalecendo a liderança americana.
Ele cita acordos importantes com a Europa, Irã, Cuba e América Latina no geral, além de uma tentativa de reaproximação com grandes organizações, como a OMS. Com a China, a avaliação do professor é de que a guerra comercial não será encerrada em breve.
Ao dizer que voltará, Donald Trump deixou o recado de que tem, sim, um projeto político para os próximos anos, na avaliação da doutora em ciência política pela USP, Denilde Holzhacker. A professora de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco acredita, no entanto, que os planos não necessariamente incluem a figura do republicano no comando desses trabalhos futuros.

Denilde Holzhacker opina ainda que a eleição de Joe Biden representa uma ruptura no comportamento da população americana, com um aceno à mudanças estruturais, “construindo pontes”.
O trumpismo vai sobreviver e seguirá forte, com protagonismo nas redes sociais, na opinião do coordenador do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco.
O professor Sidney Ferreira Leite pondera, no entanto, que Donald Trump perdeu força expressiva da principal base de apoio político, os senadores republicanos. Esses parlamentares serão decisivos na análise do processo de impeachment que pode retirar direitos políticos futuros de Trump.