O julgamento do ex-policial Jorge Guaranho foi adiado para o dia 2 de maio após abandono de plenário.
O Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu a sessão, nesta quinta-feira (4), depois que a defesa do réu, representada por Samir Mattar Assad, abandonou o plenário cerca de 50 minutos após o início do júri popular. O advogado lamentou a situação, mas declarou que a decisão de se retirar do julgamento foi uma tentativa de um reger com um “jogo limpo e da garantia do amplo direito de defesa”.
A justificativa da equipe de Guaranho para o abandono do plenário foi a de que receberam acesso a documentos essenciais para ocorrência do julgamento menos de quinze horas antes do início da sessão e, desse modo, dificultaria “a capacidade da defesa em exercer plenamente seus direitos legais”, declarou Samir.
A sessão foi adiada pela segunda vez, em decisão tomada pelo juiz Hugo Michelini Júnior, presidente do Tribunal do Júri.
Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Com agravante de motivo fútil, perigo comum e apontamento de motivação política, de acordo com o Ministério Público, o réu está preso desde a data do crime, no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Em março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial penal Jorge Guaranho ao argumentar que o acusado apresentava uma “conduta violenta e ofensiva à vida, o que vai contra a moralidade administrativa policial”. O réu pode pegar até 30 anos de prisão.