A Justiça dos Estados Unidos adiou, nesta sexta-feira (6), a audiência que decidiria a sentença do ex-presidente Donald Trump pelas acusações de pagamentos secretos durante as eleições de 2016 à atriz pornô Stormy Daniels.
A sessão estava marcada para 18 de setembro, mas foi remarcada para 26 de novembro, depois do pleito eleitoral presidencial do país.
Em maio, no primeiro julgamento criminal da história de um ex-presidente dos EUA, Trump foi condenado por falsificar documentos para encobrir pagamentos de mais de US$ 100 mil à Stormy, em troca do silêncio da atriz perante o relacionamento extraconjugal que mantinha com o ex-presidente quando ele concorria à Casa Branca.
O valor, pago em cheque, foi registrado como honorários advocatícios para Michael Cohen, ex-advogado de Trump, e contabilizado como gasto da incorporadora imobiliária do republicano, e não de campanha.
A decisão do júri foi unânime. Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações pelos 12 integrantes do colegiado e pode ser sentenciado a até quatro anos de prisão, liberdade condicional ou multa. Ele pode recorrer às sentenças.
O ex-presidente também responde por apropriação de documentos sigilosos da Casa Branca, tentativa de interferir no resultado da eleição de 2020 e invasão do Congresso americano em janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano tentaram impedir a posse do atual presidente Joe Biden.
Apesar da condenação, Trump ainda tem autorização para governar o país caso vença as eleições, mesmo se for detido, por não haver uma lei nos EUA que impeça a ação.