
Uma juíza federal argentina recebeu nesta segunda-feira (17) a primeira denúncia contra Javier Milei após o início da “investigação urgente” envolvendo uma criptomoeda divulgada pelo presidente, na sexta-feira (14), em seu perfil na rede social X. A publicação foi apagada no mesmo dia.
Entre acusações enfrentadas por Milei, estão fraude e pedidos de impeachment.
O presidente argentino publicou no X, um link da criptomoeda $LIBRA, que ficou fixado em seu perfil. Na postagem, Milei afirmou que "o mundo quer investir na Argentina”, com o nome do token, uma unidade de valor digital baseada na tecnologia blockchain sem valor em moeda real.
O anúncio foi apagado após 5 horas na rede. Segundo Milei, o intuito da publicação era “incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos". Milhares de investidores registraram prejuízos milionários.
Políticos da oposição, especialistas em criptomoedas argentinas e economistas, criticaram o presidente, afirmando que a publicação tinha cunho fraudulento.
Com o aumento das críticas, Milei decidiu intervir de forma imediata com o Escritório Anticorrupção (OA), para determinar se houve conduta imprópria por parte de algum membro do governo nacional, incluindo o presidente.
Horas depois da publicação, o líder argentino justificou nas redes sociais que não estava ciente dos detalhes do projeto e, depois que tomou conhecimento, decidiu não difundir a criptomoeda.
Em 2021, o então deputado e atual presidente promoveu outra plataforma, intitulada “CoinX”, que oferecia lucros de 8% ao mês em dólares e agora também está sendo investigada por suposta fraude.