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Justiça determina escolta de carros alegóricos após acidente no Rio

Raquel da Silva, de 11 anos, teve que amputar uma das pernas após se envolver em um acidente com carro alegórico; ela respira com auxílio de aparelhos e tem estado de saude grave

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Justiça determina escolta de carros alegóricos após acidente no Rio Foto: reprodução/Jornal da Band
Justiça determina escolta de carros alegóricos após acidente no Rio
Foto: reprodução/Jornal da Band

A Justiça do Rio determinou na noite desta quinta-feira (21) que todas as escolas de samba dos grupos de Acesso, Especial e Mirins façam a escolta dos carros alegóricos até os barracões. A decisão do juiz da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, Sandro Pitthan Espíndola, atende um pedido do Ministério Público.

Raquel Antunes da Silva segue internada em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar e respira com o auxílio de aparelhos. A menina se desvencilhou da família e subiu em um carro alegórico que estava na Rua Frei Caneca, na dispersão do desfile da Em Cima da Hora. O veículo começou a se movimentar e a menina ficou com as pernas prensadas em um poste de energia.

A Polícia Civil fez uma perícia no local do acidente e um inquérito foi aberto para apurar a falta de segurança no entorno do sambódromo. O Ministério Público estadual afirma que o desfile violou as normas de segurança que foram determinadas pela Justiça.  

De acordo com o MP, recomendações foram enviadas aos organizadores com antecedência. O documento foi enviado às ligas responsáveis pelo evento, prefeitura e Polícia Militar.

REGULARIZAÇÃO DOS CARROS ALEGÓRICOS

Segundo o Corpo de Bombeiros, no dia 12 de abril um ofício foi enviado a Liga Independente das Escolas de Samba informando que nenhuma das agreciações dos grupos que desfilam na Sapucaí e na Intendente Magalhães haviam protocolado requerimento de regularização dos carros alegóricos.

No dia 18, no entanto, um novo documento foi emitido sobre as escolas que haviam entrado com a solicitação. De acordo com a corporação, quando o processo não é concluído, a Liesa e a Liga-RJ assumem ao lado das agremaições os riscos de possíveis acidentes.

Não foi informado se a Em Cima da Hora entrou com o pedido de regularização.

Antes das apresentações do segundo dia de desfiles das escolas da Série Ouro nesta quinta (21), uma nota da Liga RJ, da Em Cima da Hora e da Liesa foi reproduzida na Sambódromo.

Em nota, as duas ligas de Escolas de Samba do Rio, a Liesa e a Lierj, se solidarizaram com a família de Raquel e disseram que estão abaladas com o caso, mas ressaltaram que estão colaborando com as investigações e que o episódio ocorreu do lado de fora do Sambódromo.