A Justiça do Rio de Janeiro deu início, nesta sexta-feira (18), ao julgamento sobre o incêndio no centro de treinamento das categorias de base do Flamengo, o Ninho do Urubu, em 2019, que deixou 10 atletas mortos.
Oito pessoas respondem criminalmente pelo fogo, que atingiu um conjunto de contêineres que funcionavam como dormitórios. Entre os réus está o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele não adequou a estrutura do espaço destinado aos atletas moradores do Ninho do Urubu às diretrizes necessárias.
Nesta primeira sessão, testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas sobreviventes do incêndio. O atual presidente do clube, Rodolfo Landim,, o vice geral, Rodrigo Dunshee e ao CEO Reinaldo Belotti são ouvidos como testemunhas.
A defesa dos jovens sobreviventes chegou a pedir que eles prestassem um depoimento com condições especiais garantindo privacidade com a intenção de minimizar os impactos emocionais da tragédia. A solicitação, no entanto, foi negada pela Justiça, já que todos hoje são maiores de idade.
O Ministério da Justiça defende que o incêndio foi causado por uma série de irregularidades simultâneas.