Justiça mantém júri popular contra acusados de matar cinegrafista da Band

Santiago Andrade foi vítima de rojão em 2014 durante manifestação no Rio de Janeiro

Rádio BandNews FM

Justiça mantém júri popular contra acusados de matar cinegrafista da Band
Em 2016, foi determinado que os dois homens fossem a júri
Thomaz Silva/Agência Brasil

A jornalista Vanessa Andrade, filha do cinegrafista Santiago Andrade, comemora a decisão judicial de manter o júri popular contra os acusados de matar o pai dela. O profissional da Band morreu em 2014 ao ser atingido por um rojão disparado durante manifestações nas ruas do Rio de Janeiro.

O Tribunal de Justiça do Rio confirmou a decisão de iniciar o julgamento nesta terça-feira (12). Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza são apontados como responsáveis pelo crime e ambos respondem por homicídio qualificado, com emprego de explosivo.

O julgamento estava previsto para ocorrer em 2019, mas foi suspenso por causa de um habeas corpus pedido pela defesa de Caio. A pena prevista é de 12 a 30 anos de prisão e, até o momento, eles ficaram presos por 1 ano e 1 mês.

Após a marcação do júri para este mês, os advogados dos réus pediram novamente o adiamento da sessão e alegaram que a acusação deveria ser de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Caso a tipificação fosse trocada, o crime passaria a ser julgado por um juiz e não por um júri formado por cidadãos. Fábio e Caio são acusados de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Atualmente, os acusados utilizam tornozeleiras eletrônicas.

Vanessa Andrade afirma que, enquanto os réus estão soltos, a família segue presa em um crime que ainda não teve desfecho.