O policial bolsonarista Jorge Guaranho, réu pela morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça do Paraná.
Dessa forma, o acusado segue preso preventivamente no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele foi levado para a unidade prisional em 13 de agosto, três dias após deixar o hospital.
Ao solicitar a prisão domiciliar, a defesa do policial penal alegava que o CMP não teria a estrutura adequada para lidar com um preso com necessidades especiais, como seria o caso de Guaranho.
O pedido foi contestado pela direção do Complexo Médico-Penal e da SESP-PR (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária), que alegam ter condições de tratar Guaranho nesta unidade.
O agente abriu fogo durante festa de Marcelo Arruda, que comemorava os 50 anos em uma festa com decoração alusiva PT e ao ex-presidente Lula, em Foz do Iguaçu. Segundo o MP, o assassinato aconteceu por divergências políticas.
Arruda, que era guarda municipal, também estava armado e reagiu. Segundo a perícia, Guaranho foi atingido por seis disparos de arma de fogo e recebeu chutes na cabeça de três convidados da festa.
O réu passou um mês internado em hospitais. Apesar de liberado pelos médicos, segundo a defesa, a condição de saúde de Guaranho ainda inspira cuidados e auxílio para higiene e alimentação.
A OAB e Alep, por meio das comissões de direitos humanos, acompanham o caso.