
A justiça dos Estados Unidos suspendeu temporariamente nesta quinta-feira (23) uma medida que acaba com o direito à cidadania de crianças de filhos de imigrantes e turistas nascidas no país, uma das ordens decretadas pelo presidente Donald Trump logo após a cerimônia de posse, na segunda-feira (20).
De acordo com o texto assinado pelo republicano, as agências federais não poderiam mais reconhecer a nacionalidade e emitir documento de cidadania dos que nasceram nos Estados Unidos e têm pais em situação irregular no país, turistas ou os que vão ficar temporariamente em solo norte-americano.
Com isso, qualquer criança nascida nestas condições após 19 de fevereiro, estaria sujeita à deportação, impedimento de receber benefícios sociais e trabalhar legalmente quando fosse adulta.
A medida de suspensão foi tomada pelo juiz John C. Coughenour, após analisar o questionamento dos estados de Arizona, Illinois, Oregon e Washinhgton. No documento, foi citado que a decisão tomada por Trump fere a Constituição e a jurisprudência da Suprema Corte do país ao alterar uma medida consagrada na lei americana há mais de 150 anos.
Coughenour afirmou que dificilmente esta ordem será considerada constitucional. Em contrapartida, o Departamento de Justiça do governo declara que a 14ª Emenda do país nunca foi interpretada como uma extensão universal de cidadania a todos os nascidos no país, e pediu ao tribunal federal mais tempo para apresentarem argumentos a favor da ordem de Trump.