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Litoral da Bahia perde quase 80% da biodiversidade após derramamento de óleo em 2019

Estimativas da UFBA apontam que ainda falta uma década para a recuperação completa do ecossistema

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Em 2019, manchas de óleo atingiram os nove estados do Nordeste
Em 2019, manchas de óleo atingiram os nove estados do Nordeste
Divulgação/Governo de Sergipe

O litoral da Bahia sofreu perda de 78,7% da biodiversidade, após o derramamento de óleo que atingiu praias do Nordeste e de parte do Sudeste, em 2019.

A informação é do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia e foi obtida com exclusividade pelo jornalismo da Band.

Segundo o relatório da UFBA, as taxas de mortalidade dos animais, a perda da biodiversidade e adoecimento dos corais já começam a se recuperar.

Mesmo assim, ainda deve demorar uma década para que o ecossistema esteja totalmente recuperado, de acordo com o diretor do Instituto de Biologia da universidade, Francisco Kelmo.  

Na última segunda-feira (30), o aparecimento das primeiras manchas de óleo no litoral brasileiro completou dois anos. Até agora, ninguém foi responsabilizado pelo vazamento.

Elas surgiram pela primeira vez na cidade de Conde, na Paraíba. Em seguida, as manchas atingiram os nove estados do Nordeste, além do litoral do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

A poluição atingiu pontos turísticos importantes ao longo da costa, como Porto de Galinhas, em Pernambuco, Maragogi, em Alagoas, Mangue Seco, em Sergipe, além de Salvador, Porto Seguro e o Morro de São Paulo, na Bahia.

Outros lugares também impactados foram as unidades de conservação. Entre elas, está a Costa dos Corais, formada por 400 mil hectares que compreendem 120 quilômetros de praias em nove municípios entre Alagoas e Pernambuco.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações correm em segredo de justiça. Ainda assim, a Marinha apontou três navios-tanque internacionais como os principais suspeitos pelo vazamento.

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