O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta segunda-feira (14) os desdobramentos das investigações sobre o caso de seis pessoas infectadas com HIV após passarem por transplante de órgãos no Rio de Janeiro.
Segundo o jornalista, parte central das investigações é o processo de licitação que definiu a PCS Laboratórios como empresa que realizaria os testes de HIV em órgãos que passariam por doações.
"O que nos interessa é o processo [de licitação]. Como foi tocado o processo, vai ser investigado. Ninguém está dizendo que o deputado [Dr. Luizinho] é responsável, mas obviamente os olhos estão sobre ele. [...] Se tudo transcorrer da maneira correta, o maior interessado que isso seja esclarecido, é ele próprio", disse.
"Fico me colocando na pele de um secretário de saúde, sabendo que dois primos meus, donos de um laboratório, ganharam uma licitação para fazer exames de sangue para o sistema de transplantes do Rio de Janeiro. Eu tentaria me proteger. Isso pode acabar mal, vai que fazem uma bobagem, pode cair nas minhas costas", completou.
Megale também elogiou a celeridade da investigação policial, já que a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda, a Operação Verum e cumpriu quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão na PSC Laboratórios.
"A polícia está sendo célere. Caso foi trazido a tona pelo Rodolfo Schneider na sexta, e vemos uma operação na segunda. Esperamos que, além desses 'bagrezinhos' que vão ser presos hoje, a gente veja 'grandes tubarões', também, respondendo a Justiça. Uma coisa tão grave não acontece sem, pelo menos, uma meia dúzia de autoridades olharem para o lado", finalizou.