O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência define nesta sexta-feira (26) se viaja a Caracas para participar como observador das eleições na Venezuela.
A decisão de Celso Amorim de ir ou não à capital venezuelana passa por uma reunião com o presidente Lula, que deve acontecer ainda nesta manhã.
Segundo apurações do jornalismo da Band em Brasília, a depender do ex-chanceler, a viagem está mantida.
Caso Celso Amorim não vá, o Brasil pode não ter representantes no processo eleitoral venezuelano.
O Tribunal Superior Eleitoral já havia cancelado o envio de dois auditores como resposta a declarações de Nicolás Maduro contra o sistema de votação brasileiro.
Sem apresentar provas, o ditador acusou o Brasil e outros países, como Colômbia e Estados Unidos de não auditar as urnas eletrônicas.
Em comunicado, o TSE rebateu as acusações e disse não admitir "mentiras" contra a lisura e integridade do processo eleitoral.
Na quinta-feira (25), o principal opositor de Maduro lamentou a decisão da Justiça Eleitoral brasileira de cancelar o envio de técnicos à Venezuela. Líder nas intenções de voto, Edmundo Gonzales Urrutia disse se tratar de um "sinal ruim", e pediu ajuda a militares para garantir um processo democrático:
Nicolás Maduro, por sua vez, instalou palcos em diversos pontos da capital Caracas. Em transmissão na TV estatal, o ditador suavizou o tom e disse que, se eleito, vai ser a garantia de "paz e estabilidade". O filho de Maduro também foi a público e garantiu que, mesmo em caso de derrota, o pai vai entregar o cargo.