O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna a Brasília nesta quinta-feira (21) e está pressionado para decidir o nome do novo procurador-geral da República. Embora já tenha se encontrado com os principais candidatos, o chefe do Executivo ainda não está convencido sobre quem deve assumir o posto.
O vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gonet e o subprocurador-geral Antônio Carlos Bigonha são os nomes favoritos.
No entanto, existe a expectativa de que Lula receba novos candidatos entre essa quinta (21) e essa sexta-feira (22) para reuniões.
O nome de Gonet tem apoios do ministro da Justiça, Flávio Dino, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Na esquerda, alas do PT e do grupo Prerrogativas defendem Bigonha.
O entorno presidencial tem levantado informações sobre eles, como o pensam sobre a Lava Jato, declarações sobre a operação, relações em Brasília e o perfil de atuação de cada um.
Além disso, a possibilidade de um terceiro nome surgir e ganhar espaço não é descartada, como o caso do subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio Veiga Rios.
No entanto, o nome dele enfrenta resistência dentro do Supremo Tribunal Federal e a avaliação é de que mesmo que ele tenha "um avalista de peso", a falta de conhecimento sobre a trajetória é apontada como empecilho na disputa.
O mandato do atual chefe da PGR, Augusto Aras, termina dia 26 de setembro, e, se não for feita uma definição até essa data, quem assume de forma interina é a subprocuradora-geral da República Elizeta Ramos.
Aliados não descartam que a decisão sobre o comando acabe sendo postergada, ficando para depois da cirurgia do presidente, marcada para esta última semana de setembro.