O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista exclusiva à BandNews FM em Belo Horizonte e mais duas emissoras mineiras nesta quarta-feira (5), que o governo Lula leva à sério a inflação e que trabalha para que a alta no preço dos alimentos não prejudique os brasileiros.
Segundo ele, 2025 será "o ano da colheita". O presidente disse ainda que está se reunindo com diversos setores para entender a alta de preços em alguns produtos.
Questionado pelo diretor de jornalismo do Grupo Bandeirantes em Minas Gerais, Murilo Rocha, o presidente destacou, por exemplo, que os preços da gasolina e do diesel ainda estão abaixo dos registrados em 2022.
“Nós levamos ela [a inflação] muito a sério e eu acho que ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é evitar que o preço dos alimentos continue prejudicando o povo brasileiro. E é por isso que temos feito reuniões sistemáticas com os setores. Por exemplo, a carne está muito alta. Nós temos outros produtos que estão altos. E nós precisamos com os setores discutir por que esses preços cresceram tanto de 12 meses pra cá”, afirmou.
Em 2024, a inflação fechou acima do teto da meta, com alta de 4,83%. Lula vai se reunir ainda nesta semana com representantes do setor produtivo da carne.
Queda na popularidade e cenário para 2026
Ao comentar o resultados das recentes pesquisas, uma que mostra queda de sua popularidade e outra que projeta um cenário para as eleições de 2026 onde Lula vence todos os candidatos, o presidente afirmou que "não há pesquisa que possa dar certo com dois anos de antecedência".
Segundo ele, somente as pesquisas a partir de abril do ano que vem começarão a traçar cenários realísticos para as eleições presidenciais.
"2025 será o ano de entrega do nosso governo. Passamos dois anos arrumando esse país, pegamos uma casa semidestruída. Agora é o ano da colheita que vamos fazer nesse país na questão do emprego, do salário, de rodovias, educação", disse Lula.
Sobre a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, concorrer ao pleito de 2026, Lula afirmou que “se a Justiça entender que ele deve concorrer, ele concorre.” “E se for contra mim, vai perder de novo”, completou.
