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Lula e Alckmin se reúnem para discutir transição de governo

Presidente eleito deve definir a agenda da semana após viagem particular para a Bahia, onde descansou depois da campanha

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Lula e Alckmin se reúnem para discutir transição de governo
Lula e Alckmin se reúnem para discutir transição de governo
Foto: Reuters

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com correligionários na manhã desta segunda-feira (07), em São Paulo, para definir a agenda de trabalho da transição de governo. O petista saiu vencedor das urnas no dia 30 de outubro e passou a semana passada na Bahia para descansar da campanha. É esperado que Lula defina quando vai para Brasília se encontrar com os presidentes da Câmara e do Senado, além do anúncio de nomes que vão compor o novo governo.

O trabalho de transição é coordenado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que já esteve na capital federal e iniciou as conversas para planejar a troca de poder. O ex-governador de São Paulo estará com Lula, às 10h30, em um hotel da capital paulista. Também são aguardadas as presenças da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do plano de governo, Aloizio Mercadante.

Ainda nesta segunda, a equipe de transição começa a dar expediente no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. O local fica a sete quilômetros do Palácio do Planalto e funcionará como sede para aqueles que vão trabalhar na passagem de bastão. Técnicos do governo atual vão fornecer dados e informações pertinentes para o planejamento daqueles que estão chegando.

Geraldo Alckmin foi o único já nomeado oficialmente para o trabalho, a portaria assinada pelo ministro da Casa Civil foi publicada na última sexta-feira (04). Ciro Nogueira será o responsável dentro do governo por acompanhar os trabalhos. A equipe de transição tem direito a 50 cargos comissionados.

No fim de semana, os nomes dos economistas André Lara Resende, Pérsio Arida e Henrique Meirelles foram ventilados como integrantes da área econômica da transição. Todos os três declararam apoio a Lula na campanha eleitoral. Lara Resende e Arida fazem parte da equipe que criou o Plano Real e Meirelles foi presidente do Banco Central no primeiro mandato do petista na Presidência.

Também são aguardados anúncios de nomes que vão compor a Esplanada dos Ministérios e a recriação de pastas extintas no atual governo.

Nos próximos dias, a equipe de transição precisará chegar a um acordo para o Orçamento de 2023. Deputados e senadores da atual legislatura vão votar a peça orçamentária do próximo ano e precisam incluir promessas de campanha como o Bolsa Família de R$ 600, um acrescimento de mais R$ 150 por criança até 6 anos, além do aumento real do salário mínimo, que influencia reajustes em aposentadorias e pensões do INSS.

Lula também deve definir como fica a própria agenda nesses próximos 50 dias antes de se mudar para o Palácio da Alvorada.

Convidado pelo presidente do Egito, o petista deve comparecer na Conferência do Clima da ONU na próxima semana. A expectativa é que a viagem para Sharm El Sheikh ocorra no dia 14 de novembro. É esperado que ele seja acompanhado pela ex-ministra do meio ambiente e deputada federal eleita, Marina Silva, e a senadora e ex-candidata do MDB à presidência, Simone Tebet. Ambas são cotadas para assumirem pastas no novo governo.

Lula ainda deverá encontrar tempo nesse período antes de ocupar o Planalto para ir à Argentina.

No dia seguinte à vitória na eleição, o presidente argentino Alberto Fernández esteve em São Paulo para se encontrar com o petista. Parceiro histórico do PT, Lula prometeu visite o país vizinho antes de assumiu o posto de presidente.

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