O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou, nesta segunda-feira (18), a primeira reunião ministerial ampla de 2024. Durante a abertura, Lula refletiu sobre o primeiro ano do terceiro mandato, relatando as dificuldades em recuperar o Brasil, após recebê-lo "estragado". Aos ministros, afirmou que ainda seria necessário "fazer muito mais, porque o país estava totalmente abandonado."
"Nosso primeiro ano foi de recuperação e não foi fácil. Todo mundo sabe que recuperar uma coisa estragada é mais difícil que começar uma nova", disse o presidente.
Apesar de destacar as conquistas e o trabalho do governo nesse um ano e três meses de mandato, Lula destacou que aquilo se tratava apenas do "início", e que não "bastava".
"Todo mundo sabe também que ainda falta muito para a gente fazer. Por mais que a gente tenha recuperado a Farmácia Popular, o Mais Médicos, tenha feito clínicas, ainda tem muito para fazer em todas as áreas".
Além disso, o presidente criticou o governo de Jair Bolsonaro. Para ele, "o governo anterior nunca se preocupou em governar esse país" e sim em "estimular o ódio entre as pessoas".
Lula também comentou as investigações da Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de janeiro. Na avaliação dele, o país "correu sério risco" de sofrer um golpe.
"Se há três meses atrás quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje temos certeza de que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022", afirmou.
Durante a fala, o presidente ressaltou sobre ter como um dos focos do governo a "consolidação do processo democrático" e criticou o uso da religião como instrumento de manipulação.
